Hoje disseram-me umas verdades duras de roer.
Há coisas que a gente admira uma vida inteira, mas nunca se lembra de pensar sobre elas. Não tinha noção do quanto apreciava o arco-íris, até que hoje a professora de Técnica Vocal resolveu, já nem me lembro bem porquê, desfazer a crença de que aquele fenómeno se devia, se não a artes mágicas, então, no mínimo, a uma qualquer obra divina.
Não que alimentasse o sonho de desencantar um pote com moedas de ouro no final do arco-íris, mas há simplesmente coisas que uma pessoa prefere não saber!
Explicava ela, muito científica, que uma qualquer característica acústica ou harmónica ou whatever – nunca me hei-de familiarizar com estes termos - é como o arco-íris: pode ver-se mas, na realidade, não existe!
Fiquei de queixo caído, palavra!
Pode até ser burrice, mas estudei Humanidades, e à parte das áreas em que me inteirei por mera curiosidade, estas coisas da física são ainda – e temo que continuem a ser - um mundo por descobrir. Enquanto falava da impossibilidade de os cães o verem, já que os pobres coitados vêem a preto e branco – ao menos isso não me chocou, o mundo animal sempre me interessou - rematou com uma explicação relativa a um fenómeno óptico só observado pelos humanos, qualquer coisa relacionada com a dispersão da luz do sol que penetra numa gota de água e reflecte as cores num determinado ângulo, que também só poderão ser observadas a partir de uma determinada posição geográfica. Uff…!
É preciso muita coincidência!
E eu que estou sempre no mundo da lua, tinha que estar atenta justamente nesse instante.
Revejo-me agora naquelas pobres crianças cujos pais desde cedo teimam em explicar-lhes que o Pai Natal não existe coisa nenhuma, que isso é coisa para bebés! Pobres coitadas…
Eu cá recebi o Pai Natal lá em casa tantos anos quantos possível. Na altura ainda não se tinham lembrado de comercializar os fatos-de-pai-natal, pelo que o velhinho se fazia sempre apresentar com vestes que em muito se pareciam com mantas velhas. Mas eu reconhecia-o sempre! E com o misto de ansiedade e nervosismo que o momento suscitava, nunca me questionava porque é que nessa noite o meu avô ia sempre deitar-se mais cedo…e chegava precisamente meia dúzia de minutos depois do velho das barbas ter saído.
Como digo…nunca me quis crer em coincidências.
…E ainda dizem que a sabedoria trás felicidade. Deixem-me na ignorância, se faz favor!
Há coisas que a gente admira uma vida inteira, mas nunca se lembra de pensar sobre elas. Não tinha noção do quanto apreciava o arco-íris, até que hoje a professora de Técnica Vocal resolveu, já nem me lembro bem porquê, desfazer a crença de que aquele fenómeno se devia, se não a artes mágicas, então, no mínimo, a uma qualquer obra divina.
Não que alimentasse o sonho de desencantar um pote com moedas de ouro no final do arco-íris, mas há simplesmente coisas que uma pessoa prefere não saber!
Explicava ela, muito científica, que uma qualquer característica acústica ou harmónica ou whatever – nunca me hei-de familiarizar com estes termos - é como o arco-íris: pode ver-se mas, na realidade, não existe!
Fiquei de queixo caído, palavra!
Pode até ser burrice, mas estudei Humanidades, e à parte das áreas em que me inteirei por mera curiosidade, estas coisas da física são ainda – e temo que continuem a ser - um mundo por descobrir. Enquanto falava da impossibilidade de os cães o verem, já que os pobres coitados vêem a preto e branco – ao menos isso não me chocou, o mundo animal sempre me interessou - rematou com uma explicação relativa a um fenómeno óptico só observado pelos humanos, qualquer coisa relacionada com a dispersão da luz do sol que penetra numa gota de água e reflecte as cores num determinado ângulo, que também só poderão ser observadas a partir de uma determinada posição geográfica. Uff…!
É preciso muita coincidência!
E eu que estou sempre no mundo da lua, tinha que estar atenta justamente nesse instante.
Revejo-me agora naquelas pobres crianças cujos pais desde cedo teimam em explicar-lhes que o Pai Natal não existe coisa nenhuma, que isso é coisa para bebés! Pobres coitadas…
Eu cá recebi o Pai Natal lá em casa tantos anos quantos possível. Na altura ainda não se tinham lembrado de comercializar os fatos-de-pai-natal, pelo que o velhinho se fazia sempre apresentar com vestes que em muito se pareciam com mantas velhas. Mas eu reconhecia-o sempre! E com o misto de ansiedade e nervosismo que o momento suscitava, nunca me questionava porque é que nessa noite o meu avô ia sempre deitar-se mais cedo…e chegava precisamente meia dúzia de minutos depois do velho das barbas ter saído.
Como digo…nunca me quis crer em coincidências.
…E ainda dizem que a sabedoria trás felicidade. Deixem-me na ignorância, se faz favor!
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